domingo, 15 de setembro de 2013

Sobre os fatos que não acontecem
Que realidade é essa da qual vivo afastada?
O que eu devo, o que eu devo fazer
O que eu devo calar
O que eu devo negar
O que devo dever
Dever de fazer
De ser
De conquistar
De não amar
De não temer
De acreditar
De justificar, o que?
Procure me entender
Meu eu que vive em busca de negar
O outro que busca aceitar
O depois que amanhece no anoitecer
O amor que só faz enlouquecer
Que doi e diz o que doer
Que sente sem amar
A um tempo atrás eu me chamava uma pessoa
Essa pessoa foi-se embora para o sertão, ou para Milão
Não importa pra onde se foi, aquela majestosa senhora
Em busca da glória ou da derrota
Mas em que mundo eu vivo
Eu vivo e deixo de viver, eu sonho sem sonhar fantasias de um ator
Perdido, seja lá o que ele quer ser
Esteja aqui,
Durma comigo só esta noite, fale a língua daqueles que matam
Matam todos os dias
Pois sempre existe a realidade mórbida e sombria
Dessa da qual o fantasma da meia noite se entrometeu
Não quero me meter, queria não ter medo, mas que medo é esse ?
Não é medo meu amor, não é medo meu bem, é só a dor de ser
 A dor de conviver com algo que não sei o porque
Me diz e dizer o que dizer
Meu eu que andas por aí
Diga a todos que fui para o outro lado que fui e estou indo
Mas ao mesmo tempo vivo parado
Queria dizer, ligar, entender, fugir
Mas fugir de que? O que me faz não querer estar no mesmo lugar?
A saudade de ti a saudade de mim
Sentimento acúmulo
Mas porque sentir?
Silêncio sim senhor, escutai a voz dos românticos
Escutai a voz
 A Voz dos loucos
Quem tem fé acredita no dia que nasce e na noite que morre
No amor que é nobre e ao mesmo tempo cruel
Não posso viver sem sentimentos humanos
Esses de convívio cruel
Me diz senhor me diz o amor
Queria contar a história do Deus-homem
Que convivem entre todos aqueles que não sabem o que dizer

Calo-te pra mim, calo-te pra ti 
Calar é no fim, o início do meio do fim, e o que diz em mim
Sinto no peito uma dor de origens muito estranhas
Entranhas porque estás aí ?
Tira-te de mim, alimente-me do que seja o que for
Juro não morrer de amor
Juro só fazer amor
Juro só entender a dor
Juras são eternas em mim e em ti
Querer falar pra mim é no fim, amar sem dizer o que diz
Suspiro...
Dançar com o vento dançar com o mar dançar com teu corpo
Dançar e dançar
Estranha em mim, sim , estranha em mim...

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